Planejamento: da Estratégia à Execução

Se você já participou de reuniões, palestras ou até mesmo de um cafézinho no escritório, certamente se deparou com palavras como planejamento, estratégia e processos. Esses termos são tão comuns que quase parecem clichês, mas a verdade é que eles são a base de qualquer negócio bem-sucedido. Então, vamos focar em um deles: o planejamento. Afinal, por que ele é tão discutido nas mesas executivas e, ao mesmo tempo, tão negligenciado na prática?

#ESTRATÉGIAS

Wagner Silva

2/6/20252 min read

Conceito

Planejamento é o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado.
Philip Kotler

Planejamento sem ação é Sonho

O problema é que muitas vezes param por aí.

Criar planos incríveis, cheios de gráficos e projeções, porém esquecer do essencial: colocar em movimento, tirar do papel!

Existe 4 tipos de planejamento:

  1. Estratégico: define os objetivos de longo prazo e a visão da empresa;

  2. Tático: foca em como alcançar esses objetivos, dividindo-os em metas menores;

  3. Operacional: cuida das atividades do dia a dia que vão garantir o cumprimento das metas;

  4. Financeiro: controla os recursos necessários para que tudo funcione.

Todos eles são benéficos no papel ou nas mentes de quem está construindo o planejamento, e tudo parece ser fácil até o momento de ser colocado em prática.

Quem nunca passou por aquela situação em que, após horas de reuniões de planejamento, tudo ficou só no papel? Um estudo recente da Harvard Business Review mostrou que 67% das estratégias bem-planejadas falham por falta de execução. Ou seja, o planejamento é só o começo. O verdadeiro desafio é transformar ideias em resultados.

Isso acontece porquê?

  • Falta de priorização: tentar fazer tudo ao mesmo tempo é receita para o fracasso;

  • Medo de errar: muitos times ficam paralisados, com medo de tomar decisões erradas;

  • Falta de acompanhamento: sem métricas e controles, fica difícil saber se o plano está funcionando;

  • Falta de definições claras: não deixar claro o objetivo é um erro grave que pode comprometer o resultado final.

Como validar ideias com MVP: do papel à prática

Aqui entra uma abordagem bem legal da gestão estratégica ágil: o MVP (Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável). Ao invés de gastar tempo e recursos em um projeto perfeito, o MVP propõe testar a ideia com o mínimo necessário. Isso permite validar hipóteses, simulações, aprender com os erros e ajustar o rumo antes de investir pesado.

5 Passos para aplicar um MVP:

  • Defina o problema: qual dor você quer resolver?

  • Identifique o público: quem vai usar sua solução?

  • Crie a versão mais simples: pode ser um protótipo, um site básico ou até um formulário;

  • Teste e colete feedback: coloque o MVP nas mãos dos usuários e ouça o que eles têm a dizer;

  • Ajuste e melhore: use os insights para refinar sua solução.

Em resumo

Planejar é um processo essencial que precisa ser feito da melhor maneira possível, mas de nada adianta se não sair do papel. Gastar horas elaborando ideias e depois não colocá-las em execução é um desperdício de tempo (comprovado pelo Lean). A ação é o que transforma estratégia em realidade. Adotar a prática da metodologia ágil para criar uma versão simplificada pode nortear as ações e corrigir o planejamento, se necessário, principalmente no desenvolvimento de projetos de tecnologia, produtos e novos processos. Utilizar o MVP valoriza a eficiência e a praticidade, focando em resultados concretos e soluções práticas. Isso possibilita a tomada de decisões rápidas e baseadas em evidências, adaptando conforme necessário para alcançar seus objetivos.

Lembre-se: um MVP pode ser o seu melhor aliado para testar ideias, reduzir riscos e garantir que seu planejamento não vire apenas mais um documento esquecido na gaveta.